Saudade , palavra que os poetas gostam de enfeitar . Tenho pensado onde ela pode nos levar , estou tentando desvendar os seus mistérios . Eu sinto as ausências de um tempo já vivido , porém nunca esquecido , eu queria romper com as barreiras do tempo , retornar ao instante do abraço , do choro acalentado , do sorriso repartido .
Um regresso na história , direciona o meu futuro , eu tenho questionamentos mudos , por que tudo tem que passar ?
E nesse momento vem chegando de mansinho , a resposta para o que desejo .
Passar ? Não , não passa !! O amor se faz eterno no tempo , ele arde sem se consumir ,
é só olhar para dentro de si e ver - está tudo aí , pronto para se reiventar .
sexta-feira, 21 de agosto de 2009
O que eu quero

No instante em que essa vida parou , de súbito a minha também parou . Tudo se paralisou na estação fria e gélida , entorpeceu minha alma . Haveria um tempo para percorrer
a distância entre o que foi e o que ainda seria .
Imóvel , numa fração de segundos , meu mundo parecia fragmentado , derrepente eu me vi , eu era colcha de retalhos .O filme se passava lento , sem efeitos , eu recordava todos os desatinos , todos os alentos . Eu queria toca-los , eu queria a concretude , sem compreender que a eternidade não é palpável , mas um desdobramento daquilo que mesmo no compasso do tempo
não passa . Chegada a ausência das palavras , o silêncio cumpre o seu oficio , isso é ressureição !
No primeiro instante, a ausência do Verbo , para mais tarde ser conjugado no avesso do tempo . Tenho esperado esse momento , o que eu quero ? Quero os avessos !
A cada manhã a vida renasce comigo , e quando o sol se despede , ela adormece no meu aconchego , vem surgindo um canto novo , que me embala , me leva para novos horizontes .
Eu quero responder a vida que me faz viver no instante de morrer .
Antes da leveza da ressureição , há o peso da cruz , e um não existe sem o outro .
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